Hoje peguei na caneta. Fi-lo por pensar que finalmente tinha reunido a coragem para firmar no papel tudo o que sinto por ti. Achei mesmo que era hoje que te ia dizer que não gosto de ti. Porque não gosto. Tão pouco gosto de não gostar. Porque o que eu sinto é mais do que gostar, é muito mais do que gostar.
Hoje peguei na caneta. Apertei-a entre os dedos e encostei-a ao papel. Vi a tinta manchar a folha imaculada do meu bloco de notas. Podia ter-te escrito um e-mail, mas era muito impessoal. Podia ainda ter-te escrito um sms, mas sei a maneira distraída com que lês as mensagens que te enviam e rapidamente voltas a tua atenção ao mundo real à tua volta.
Talvez se tivesse optado por um desses meios tu hoje sabias. Mas tu não sabes. Não sabes que és o primeiro raio de sol que vejo de manhã, ainda que haja nuvens a preencher o céu. Não sabes que te observo em silêncio enquanto conversas com outras pessoas, que conheço os teus tiques e o teu cheiro… Não sabes que adoro o teu cheiro… Podia ter-te contado que gosto de ti, que gosto da maneira como cofias a barba, absorto nos teus pensamentos. Podia dizer-te que sorrio ao pensar em ti, que por vezes gosto tanto de ti que quase dói sem doer… Podias saber que preciso de ti para ser eu, para me sentir eu. Mas tu não sabes. Não sabes porque eu não te disse. Hoje peguei na caneta. Mas não te escrevi.
Hoje peguei na caneta. Apertei-a entre os dedos e encostei-a ao papel. Vi a tinta manchar a folha imaculada do meu bloco de notas. Podia ter-te escrito um e-mail, mas era muito impessoal. Podia ainda ter-te escrito um sms, mas sei a maneira distraída com que lês as mensagens que te enviam e rapidamente voltas a tua atenção ao mundo real à tua volta.
Talvez se tivesse optado por um desses meios tu hoje sabias. Mas tu não sabes. Não sabes que és o primeiro raio de sol que vejo de manhã, ainda que haja nuvens a preencher o céu. Não sabes que te observo em silêncio enquanto conversas com outras pessoas, que conheço os teus tiques e o teu cheiro… Não sabes que adoro o teu cheiro… Podia ter-te contado que gosto de ti, que gosto da maneira como cofias a barba, absorto nos teus pensamentos. Podia dizer-te que sorrio ao pensar em ti, que por vezes gosto tanto de ti que quase dói sem doer… Podias saber que preciso de ti para ser eu, para me sentir eu. Mas tu não sabes. Não sabes porque eu não te disse. Hoje peguei na caneta. Mas não te escrevi.
(este texto é já muito antigo e hoje repeti-o sem perceber porquê. Sem saber como nem porquê, consegui transcrevê-lo... talvez porque ainda sinto o mesmo. E gosto de o sentir)
2 comentários:
Talvez porque o que sentes ainda é muito presente e muito forte! O que é maravilhoso :) Se dizes que o texto é antigo e que sentes as mesmas dificuldades, então isso quer dizer algo... muito importante! E sendo assim tão bom, fico incrivelmente contente e feliz por ti, minha querida amiga :)
Beijinhos muito grandes
I.
O amor é mmo uma coisa linda! :)
Gostei mto deste texto, da forma inocente como é descrito um sentimento tão puro... :))
Registei esta passagem:
"Não sabes que és o primeiro raio de sol que vejo de manhã, ainda que haja nuvens a preencher o céu. (…) Podia dizer-te que sorrio ao pensar em ti"
Beijinhos :)
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